Split

Testemunho de Erasmus pela Inês Cardoso no 1º semestre do ano letivo 2019/2020

Porquê ir de erasmus e o que te levou a escolher o destino?

Contrariamente à maioria das pessoas, Erasmus foi uma coisa que surgiu repentinamente na minha cabeça. Nunca tinha pensado muito sobre o assunto, e tomei a decisão literalmente de um momento para o outro.
Apenas sentia que estava a precisar de algo diferente na minha vida, diferente daquilo que já tinha vivido. Fiz a inscrição sem dizer a ninguém e escolhi os sítios sozinha.
Pus Split como primeira opção porque uma colega um ano mais velha tinha ido nesse ano para lá e tinha dado a alguns amigos nossos um bom feedback, só por isso. Inscrevi-me mesmo à descoberta e de ir à aventura.

Sentiste-te bem recebida pelo país de destino? Ou sentias que havia um pouco de xenofobia?

Split é uma cidadezinha pequena, talvez como Coimbra ou até ligeiramente menor, e todos os anos recebe muitos alunos de Erasmus. Para além disso, é uma cidade muito turística, sendo considerada o Algarve dos croatas.
Portanto, a cidade vive com a agitação que os estrangeiros trazem. Não senti em momento algum qualquer discriminação por ser estrangeira.

Qual foi a tua maior dificuldade enquanto aluna de Erasmus?

Talvez o mais difícil poderá ter sido, por vezes, em algumas lojas com pessoas a atender um pouco mais velhas, a barreira da língua, porque muita gente de uma faixa etária superior à nossa não falava inglês.
Mas também como jovens que somos, foi fácil de dar a volta, quer com gestos ou tradutor do telemóvel. Em termos de aulas, não achei um obstáculo as aulas serem em inglês, e não tive qualquer dificuldade.
Acho que qualquer aluno de Erasmus deve ser dotado de alguma versatilidade e flexibilidade para se adaptar às várias situações que poderão surgir e conseguir dar a volta.

Notas muitas diferenças entre os métodos de ensino e condições da universidade em relação à Universidade de Coimbra, nomeadamente o DEM?

Sim, notei. Achei que as instalações da faculdade onde tive aulas em Split eram melhores que as de Coimbra. Contudo, registei maior diferença nos serviços de ação social.
As cantinas e bares da universidade são muito superiores em infra-estruturas, qualidade, diversidade dos produtos oferecidos e preços do que a Universidade de Coimbra.
Qualquer estudante em Split tem bastantes cantinas à escolha, com muita opção diferente, e alternativas mesmo muito económicas. Em Coimbra já não acho tanto isso.

Fazendo um breve resumo e em retrospetiva, como correu a experiência – e de uma maneira geral, na tua opinião, quais são as melhores e os aspetos menos positivos de ir de erasmus?

A experiência não podia ter corrido melhor, na minha visão. O facto de ter-me inscrito sem pensar muito no assunto, fez-me ir sem quaisquer expectativas e acho que isso foi o motivo de eu ter gostado tanto.
O único aspeto negativo que vejo (que nem foi bem visto como negativo para mim porque a experiência no geral acabou por compensar) foi ter que ter faltado a uma Latada e ter deixado cá os amigos, mas classifico
Erasmus como das melhores experiências da minha vida.
Sinto que cresci muito, porque ao conhecer novas culturas e maneiras diferentes de viver crescemos muito como pessoa. Ir para um lugar novo e começar a vida do zero é muito positivo por isso, porque abrimos os horizontes.
E claro, a experiência de Erasmus também traz muitas viagens, amigos novos, vida académica noutros sítios, tudo coisas boas. Voltava a fazer, e recomendo vivamente, sem dúvida alguma.